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Foto do escritorCida Chagas

Por que as mães (os pais também) dizem não?




Vez ou outra um adolescente se pergunta por que não pode fazer o que lhe dá na telha? Por que os seus pais estão sempre dizendo o que fazer e o pior, dizem NÃO?


Para ajudar a falar sobre isso, a primeira coisa é se colocar no lugar do pai e da mãe. Fizemos umas simulações dos principais NÃOS que pais dizem a seus filhos... desde já avisamos, é bom tranquilizar os pais.


SAIR COM A GALERA


O que PODE se passar na cabeça dos pais:


Devemos lembrar que toda mãe e todo pai se preocupam com os filhos. Esse é a principal tarefa dessas criaturas que vieram antes de seus adolescentes. Se os pais não tivessem medo que seus filhos caíssem do balanço daquele parquinho naquela praça quando era pequenino, talvez o filho não estaria vivo hoje.


Quando o filho chega e diz que gostaria de ir para uma festa, imaginamos a ansiedade, o medo e até o desespero na cabeça dos pais. Será que o filho irá beber álcool? Será que tem aquele amigo que consideram huuummm... que irá desviar dos bons caminhos? Ou será que o filho vai fumar um cigarro na festa?


A mãe ou o pai podem ter medo de que o filho se deixe levar pelo clima do momento e enfie o pé na jaca. Até por que os pais também podem já ter feito coisas “estúpidas” (para não dizer “experimentar”)


Sugestão:


O filho não precisa bancar o hipócrita jurando que, nunca, mas nunca mesmo, jamais, vai colocar na boca um gole de cerveja ou passar a mão em um cigarro. Todos os pais sabem que isso pode acontecer. Em vez de fazer promessas, pode-se ter uma conversa entre pais e filhos e ver as situações que temem que aconteça e o que fazer se elas surgirem. Um amigo bebeu? E bebeu demais? O filho vai ligar para a mãe ou o pai? Alguém oferece uma bebida que o filho não sabe de onde veio? Deve-se recusar ou aceitar? E se os pais derem permissão para chegar depois da meia-noite, tudo o que o filho pode fazer é preparar o café da manhã para toda a família como uma forma de agradecimento.



REDES SOCIAIS


O que PODE se passar na cabeça dos pais:


Sabe por que os pais dizem não quando um filho pede um smartphone? Sua mãe e seu pai sabem que o próximo passo é entrar nas mídias sociais. E o que eles imaginam sobre a futura conta no Instagram? Fotos da filha como uma celebridade, vestida em uma roupa sexy e todos os marmanjões que não vão tirar os olhos e ainda, o que é pior, fazerem comentários nada gentis. Sabemos, se que se for uma menina, ela irá achar um pouco injusto e machista, mas não vamos ser cínicos, sabemos que se for um menino, os pais provavelmente terão menos receio. Mas, ainda assim, temem que os filhos, seja menina ou menino, possam ser alvos de bullying cibernético. Temem que o assédio leve à baixa autoestima.


Sugestão:


Em primeiro lugar, os filhos podem explicar aos pais que nem todo mundo gasta seu tempo tirando selfies no Instagram. Se conseguirem convencer os pais que a intenção no Instagram é a mostrar a coleção de tênis e sapatos, cadernos ou fotos do lindo cachorrinho, eles ficarão tranquilos. Outro elemento que pesará: é os se comprometerem a criar uma conta privada que compartilhará apenas com os amigos.



ESTILO


O que PODE se passar na cabeça dos pais:


Não se trata apenas dos cachinhos que a mãe e o pai tanto se orgulham.... Mas, acima de tudo, eles temem que a transformação de estilo dos filhos seja apenas o primeiro passo. Quando surgirá maquiagem gótica, tatuagem ou piercing no nariz? Já imaginam os filhos na mira dos professores, que desconfiam do rebelde de plantão. Ou pior, mais tarde, num futuro sem trabalho por que não passou na entrevista de emprego (o pessoal da seleção era conservador demais).


Sugestão:


Dar uma real é a melhor saída! Falar o que é verdadeiramente a vontade de ter um estilo: uma experiência que não vai mudar ninguém na sua essência. O adolescente pode ter cabelo azul, verde, rosa ou arco-íris e ser educado com os professores, os vizinhos e o restante da família! Só lembrando, para fazer tatuagem ou colocar um piercing, a pessoa tem que ter mais de 18 anos.



VIDEOGAMES


O que PODE se passar na cabeça dos pais:


A primeira coisa que vem na cabeça dos pais é que filhos adorados irão preferir passar horas na tela com os olhos esbugalhados a fazer os trabalhos da escola ou atividades de lazer.


Vamos falar um pouco sobre o que pensam de jogos como Fortnite. São jogos de luta, os personagens seguram armas e atiram o que pode ser um pouco violento. Nesses jogos, os adolescentes podem conversar com pessoas de qualquer idade, que não conhecem e nem faz a menor ideia de como ela é. Podemos imaginar um pouquinho como a mãe e o pai pensam? Não é muito reconfortante.


Também tem outra coisa, mesmo que esses jogos sejam gratuitos, os usuários sempre são convidados a comprar alguma coisa, roupas dos personagens, skin, danças, desafios, etc... talvez os pais não queiram ficar alimentando a paixão por videogames de seus filhos eternamente.


Sugestão:


O adolescente pode tentar explicar aos pais que não existem apenas jogos supostamente violentos. Se quiser defender jogos como o Fortnite, pode argumentar que a luta não é representada de forma realista e se pode denunciar mensagens violentas. O adolescente pode pedir aos pais que julguem por si próprios ao assistir a um jogo ou até mesmo jogarem juntos, convidando a mãe ou o pai! Tudo isso só funcionará se o adolescente aceitar os limites de tempo e dinheiro que os pais estabelecerão. Afinal, acreditamos que os filhos não irão querer passar os melhores anos de suas vidas com a cabeça só na tela. É muito bom sair para ver o sol!



QUERO PROTESTAR POR CAUSAS SOCIAIS


O que PODE se passar na cabeça dos pais:


Já veem o adolescente sendo pisoteado pela multidão ou correndo da polícia. Além disso, dependendo da causa pela qual o adolescente deseja lutar, os pais podem sentir que o adolescente está negando seus valores se o filho ou a filha se envolver em lutas contra as crenças dos próprios pais.


Sugestão:


O adolescente pode conversar com os pais sobre um documentário ou filme que trate dos assuntos que está defendendo (ecologia, racismo, política, feminismo, etc... ). Os pais perceberão que o seu filho ou a sua filha não entrou na luta sem uma convicção. E até decidam participar de um protesto. Ou talvez o adolescente vai ter que esperar ficar um pouco mais velho para ir a um protesto sozinho, a não ser que convença um adulto a fazer companhia.



FAZER ESPORTE (NÃO QUALQUER UM)


O que PODE se passar na cabeça dos pais:


Se os pais conhecem apenas o filme do Rocky Balboa sobre boxe, eles vão imaginar o seu filho saindo da aula com o nariz sangrando e com olho roxo. Para eles, essa seria uma imagem insuportável ... principalmente se for menina! Porque mesmo que pareça injusto , a escolha de uma atividade esportiva gera bastante discussão quando desafia os estereótipos de gênero . Podemos imaginar tudo o que a Marta Vieira da Silva, da Seleção Brasileira de Futebol, teve que passar. No caso de um menino que gosta de balé, têm pais que ficam preocupados. Há muito preconceito. Alguns se oporão as escolhas dos filhos por convicção, enquanto outros temem as piadas não muito sutis que os seus filhos podem ser vítimas se praticarem um esporte com maioria do sexo oposto.


Sugestão:


Os adolescente podem pedir a seus pais para assistir a uma aula de boxe (ou outro esporte que eles se oponham). Eles podem descobrir que os filhos terão todas as proteções necessárias e, que não serão os únicos, longe disso, haverá tantas outras meninas e meninos a desafiarem os estereótipos e quebrarem padrões. Achamos que o adolescente pode adotar a mesma estratégia para todos os esportes que os pais considerem perigosos ou inadequados para seus filhos.



PROFISSÃO. EU DECIDO


O que PODE se passar na cabeça dos pais:


Pensar no futuro profissional é um assunto bem delicado entre pais e filhos. Muita gente passa por isso! Os pais fazem mil perguntas. A depender do curso que o filho fizer, vão argumentar, que o adolescente terá menos probabilidade de encontrar um emprego bem pago. E se o adolescente não gostar do curso no final, não vai conseguir refazer a vida como estudante ou irá desistir para pegar o caminho mais fácil. Na visão dos pais. Eles também podem se envergonhar pelo adolescente não ter escolhido cursos com mais prestigio do que o que eles fizeram ou comparar com filhos de parentes.


Sugestão:


O adolescente pode tentar conhecer os cursos. Ler publicações, navegar na Internet, conversar com pessoas que fizeram as mesmas escolhas. Assim, poderá conhecer as características do curso e do trabalho que tem interesse, o salário, as oportunidades, etc. O adolescente poderá tentar fazer um estágio já nos primeiros anos do curso. A determinação e a seriedade do filho ou da filha podem muito bem conquistar o apoio dos pais!


NÃO COMO MAIS CARNE


O que PODE se passar na cabeça dos pais:


Poucos pais se oporão à luta contra o sofrimento animal e / ou à pegada ecológica das escolhas alimentares de seus filhos. O que pode contrariá-los é o quanto essas escolhas afetam a saúde. Sem falar nos transtornos que ficam imaginando: quebrar a cabeça para encontrar alternativas de café da manhã, almoço e jantar, ou seja, oferecer vários menus para cada refeição de acordo com os gostos de cada membro da família e sem falar nos custos.


Sugestão:


A única solução: cozinhe!. Afinal, o adolescente tem que viver de acordo com suas convicções! Pegar receitas que ajudarão a fazer bons e pequenos pratos conforme a sua vontade ... e que vão até seduzir os pais! E uma consulta médica irá tranquilizar os pais sobre a preservação da saúde de seus filhos.




Veja o vídeo no YouTube




*Optamos por utilizar o termo "pais" e "filho" ao longo do texto como uma forma de tornar o artigo mais fluído e simplificar a representação de mãe, pai, filha e filho.

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